terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Uberlândia acessível


Texto enviado por Janilton Lima:
"Porque Uberlândia faz isso e o restante do país não faz? Fácil de responder, porque fui lá e descobri.
1 – comprometimento das entidades, que deixaram de lado diferenças pessoais e se uniram.
2 – O Prefeito deu o exemplo primeiro para depois cobrar, tornou a Prefeitura e todo o seu entorno acessível, contratou servidores com deficiência para depois, do alto dessa legitimidade cobrar do restante da sociedade, visando incluir e não usar o segmento para fazer caixa criando obrigações impossíveis de serem cumpridas por vedações de outras normas. Alterou a legislação municipal para cobrar acessibilidade, já que ele sabe que a exigência do Decreto 5296/04 em estados é municípios é inconstitucional, como afirmou o Desembargador Ricardo Thadeu (quem duvida pergunte a ele..). 

3 – aos poucos foi tornando a frota de ônibus acessível, ao ponto de hoje 100% da frota é acessível
4 – e ainda, Libras ensinado no ensino fundamental!!!!

Então o que difere Uberlândia restante do Brasil?? Quando o governante dá exemplo, bom ou ruim, a sociedade o segue.. "


Uberlândia ganha destaque por causa da acessibilidade
Município mineiro cria leis e aumenta fiscalização para assegurar direitos de pessoas com deficiência

Marcio Neves/Folhapress

Cadeirante acessa terminal de ônibus equipado com elevador em Uberlândia (MG)
Cadeirante acessa terminal de ônibus equipado com elevador em Uberlândia (MG)
JAIRO MARQUES
enviado especial a uberlândia (MG)
Palavra ainda pouco comum no repertório de ações das cidades brasileiras, acessibilidade é conceito aplicado em larga escala em Uberlândia (MG), que faz da inclusão o seu marketing.
Reconhecida pelas Nações Unidas, em 2010, como um dos cem exemplos do mundo em boas práticas de garantir o direito de ir e vir aos cidadãos, a cidade também é apontada pelo governo federal como modelo para o país.
Há cerca de dez anos, graças à criação de leis e de órgãos de fiscalização, nenhuma obra de uso coletivo sai do papel sem que haja um projeto de acessibilidade.
O resultado dessa política inclusiva é que por onde se anda em Uberlândia é possível ver um diferencial no respeito ao direito de todos frequentarem bares, restaurantes, boates, centros de cultura, prédios -residenciais ou comerciais-, transporte público, áreas de lazer.
"Ter tudo acessível por aqui é uma conquista que dá orgulho. É algo que já se tornou cultural. Vêm pessoas com deficiência do Brasil todo nos visitar porque sabem que serão bem atendidas. É um nicho de mercado", disse José Sobreiro, dono de um dos primeiros restaurantes locais a promover acesso.
"O administrador de hoje precisa ter a sensibilidade e a responsabilidade de promover a inclusão. Temos muito ainda para fazer, mas temos orgulho dos reconhecimentos que já tivemos", disse o prefeito Odelmo Leão (PP).
Apesar dos avanços, ainda há desafios para o livre trânsito das pessoas com deficiência ou que precisem de condições especiais. As calçadas, por exemplo, não são padronizadas, e algumas não têm rampas. Nos semáforos, falta sinalização sonora.
Há um projeto da prefeitura, esperando captação de recursos federais, para melhorar a situação da mobilidade na área central e de um bairro histórico da cidade.
FOLHA.com
Veja reportagem
www.folha.com/no1012505