sábado, 16 de março de 2013

Rais 2011


Estas informações são de extrema importância para a observação da lei 8.213/91, ou seja, para acompanharmos a efetivação da chamada "Lei de Cotas". 
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A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é um relatório de informações socioeconômicas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – que busca, por meio da disponibilização de informações do mercado de trabalho, avaliar as atividades trabalhistas no país.
Instituída pelo Decreto nº 76.900/1975, a RAIS estabelece que o empregador deve entregar uma declaração anual ao MTE, estando sujeito a multa, caso não o faça.
Além de fornecer informações estatísticas para subsidiar as decisões governamentais, a RAIS gera dados não somente para os sistemas vinculados ao tema, como, por exemplo, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o PIS (Programa de Integração Social), o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mas também para sistemas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Em setembro de 2012, uma nova edição da RAIS foi disponibilizada pelo MTE. Neste levantamento, além de informações sobre número de demissões e criação de postos de trabalho, a RAIS apresenta também os dados sobre a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, indicando crescimento de 6,3%.

Outro ponto de destaque é o número de trabalhadores com carteira assinada neste segmento, que assistiu a um crescimento de 306.013, em 2010, para 325.291, em 2011.  Destes trabalhadores, há significativa predominância das pessoas com deficiência física (53,55%), seguida das pessoas com deficiência auditiva (22,61%), visual (6,71%), intelectual (5,78%) e múltipla (1,27%). Os empregados reabilitados representaram 10% do total.
Quanto à escolaridade, das 325 mil pessoas com deficiência empregadas, 136.077 (41,9%) concluíram o ensino médio, enquanto, em 2010, este número era de 121 mil; com ensino fundamental completo, o número para 2011 era 38.139 (11,72%) e, em 2010, 41 mil; por fim, com  curso superior completo, o dado de 2011 é 39.651 (12,18%), contrapondo os 37 mil de 2010. 
Descrição do gráfico: Escolaridade das pessoas com deficiência: Ensino Superior Completo – 2010: 37.000 e 2011: 39.651. Ensino Médio – 2010: 121.000 e 2011: 136.077. Ensino Fundamental Completo – 2010: 41.000 e 2011: 38.139. 
Na classificação por gênero, a RAIS confirma a predominância dos homens com deficiência no mercado de trabalho, com participação de 65,74% do total, mas apresenta uma tendência de aumento na participação das mulheres, alcançando 34,25% do total, o que representa uma variação de 5,31 pontos percentuais em comparação a 2010.
Quanto aos rendimentos, as pessoas com deficiência receberam, em média, R$ 1.891,16, superando a média dos rendimentos quando considerado o total de vínculos formais, que ficou na casa dos R$ 1.190,13. Esta diferença pode ser imputada à renda média percebida pelos trabalhadores reabilitados (R$ 2.167,83), pelos trabalhadores com deficiência física (R$ 1.851,90) e pelos trabalhadores com deficiência auditiva (R$ 2.110,11), cujos rendimentos são maiores que a remuneração média do grupo. Os trabalhadores com deficiência mental, segundo a RAIS, ainda recebem o menor rendimento (R$ 872,42).
Fonte: Boletim Pauta Inclusiva
n.º 07  |  FEV  |  2013