Recebi este artigo por e-mail. Mais uma vez a justiça predomina. ________________________________________________________ edição nº210 22/08/2012
Estagiária
do IBDD com distrofia muscular recebe cadeira de rodas motorizada concedida
pela Justiça
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“É
obrigação do Estado prestar atendimento médico preferencial aos necessitados,
principalmente quando a parte é hipossuficiente”. A decisão é da juíza da 2ª
Vara de Fazenda Pública, Maria Teresa Pontes, que determinou a entrega de uma
cadeira de rodas motorizada para a estudante de psicologia Ana Carolina
Rufino, através de ação impetrada pelo IBDD em dezembro de 2011. Mais uma
vitória da equipe de Defesa de Direitos.
“Pude sair pela primeira vez sozinha na
rua em 23 anos. Eu nunca soube o que era ter o direito de ir e vir”, ressalta
a estagiária da área de Mercado de Trabalho do IBDD, que recebeu o novo
equipamento na última terça-feira. O IBDD deu entrada na ação em dezembro de
2011, em janeiro de 2012 a cadeira foi garantida em decisão provisória da
juíza, sete meses depois a cadeira foi entegue. O SUS somente fornece a
cadeira de rodas no modelo padrão, o que nem sempre é adequado às
necessidades específicas de cada pessoa com deficiência. “Devido à progressão
de sua doença, ela não tinha mais condições de utilizar a cadeira
convencional. Estava totalmente dependente da ajuda de terceiros e impedida
de realizar com autonomia desde as tarefas cotidianas até tratamentos médicos
indispensáveis à sua saúde”, explica Caio de Sousa, advogado do IBDD.
Ana
Carolina começou a usar cadeira de rodas há um ano e meio- quando, ao cair no
campus de sua faculdade, ela quebrou o pé direito em quatro regiões
diferentes, tendo que permanecer dois meses com o membro engessado. Após o
período, no entanto, por conta da distrofia, o tecido muscular deteriorado
não se regenerou e, com as pernas enfraquecidas, ela precisou permanecer com
a cadeira. “Desde pequena, eu sabia que acabaria tendo que usá-la, e tinha
muito medo. Mas acabou que essa minha nova situação coincidiu com a minha
entrada no Instituto, e conviver com pessoas com deficiência me ajudou muito
a passar por essa fase de transição. Não foi fácil, mas tornou-se
suportável”, analisa.
A doença de Ana Carolina, a distrofia muscular, é
caracterizada pela degeneração progressiva dos músculos. O defeito genético é
causado pela formação inadequada ou ausência de proteínas que constituem a
membrana da célula muscular, fazendo com que os músculos sofram um processo
de destruição. Ela ressalta a contribuição do IBDD para superar a
deficiência, e se reconhece como um exemplo para as pessoas que atende
diariamente. “É uma espécie de troca que só pode ser compartilhada entre
aqueles que têm algum tipo de limitação e sabem o quanto é difícil e o quanto
devemos lutar para conseguir nossos direitos”.
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Instituto Brasileiro dos Direitos da
Pessoa com Deficiência |