segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BPC na Escola


BPC na ONU



- Em 2010, 232 mil crianças e adolescentes até 18 anos, portadores de deficiência, entre 475 mil atendidos pelo programa de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social na Escola (BPC) frequentavam regularmente a escola. Em 2007, eram apenas 78 mil, entre 375 mil atendidos pelo BPC. A evolução é de 21% para 49%, em três anos.

- O sucesso do BPC será relatado na 4ª Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, em Nova York(EUA), neste dia 8 de setembro. Este modelo, no entanto, ainda tem o desafio de se expandir, dos atuais 2.622 municípios brasileiros, para os 5.565, até 2014.

- O Programa BPC na Escola (www.mds.gov.br) foi instituído em 2007 e tem por objetivo promover a elevação da qualidade de vida e dignidade das pessoas com deficiência, beneficiárias do BPC, preferencialmente de 0 a 18 anos de idade, garantindo-lhes acesso e permanência na escola, por meio de ações articuladas da área de saúde, educação, assistência social e direitos humanos.

- O programa, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com a participação dos ministérios da Educação, da Saúde e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ressalta a importância da formação de parcerias para garantir, desde o transporte adequado até à matrícula para os seus beneficiários. Provê um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência incapacitante para a vida independente e para o trabalho, que comprove não possuir meios para a própria manutenção, nem de tê-la atendida por sua família.

- Os desafios da escolaridade não param por aí. Recentemente, o Movimento Todos Pela Educação, liderado pelo Instituto Paulo Montenegro/Ibope, Fundação Cesgranrio e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), divulgou resultados pouco animadores de um exame realizado entre seis mil estudantes de escolas públicas estaduais e municipais e de escolas privadas, distribuídas por todas as capitais brasileiras.

- Mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não têm a capacidade de leitura esperada. Assim, não dominam atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. A avaliação utilizou a mesma escala de desempenho utilizada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) aos alunos do 5° e 9° ano do ensino fundamental.

- Por esse modelo, o aprendizado é considerado adequado quando atinge 175 pontos. O desempenho médio em leitura dos alunos participantes do exame foi 185,5 pontos. Há, no entanto, grandes variações entre as notas dos estudantes das regiões Norte e Nordeste, em relação às demais regiões do país. Norte e Nordeste ficaram abaixo da média nacional, com 172 e 167 pontos, respectivamente. Entre os estudantes de escolas públicas e privadas, também há discrepâncias significativas. A média dos estudantes da rede pública foi 175,8 pontos, enquanto os da rede privada atingiram 216,7 pontos.

- Através de uma redação, os estudantes também foram avaliados em competências como coesão, coerência e adequação do texto a um tema proposto, além do emprego da correta ortografia e pontuação. Em uma escala de 0 a 100, a média nacional alcançou 68,1 pontos. De novo, há diferenças entre os estudantes da rede pública (em média, 62 pontos) e da rede privada (em média, 86 pontos).

- Em relação à Matemática, o desempenho dos estudantes alcançou a média nacional de 171,1 pontos, abaixo da pontuação considerada adequada para a resolução de problemas envolvendo a moeda, além das operações de adição e subtração. Apenas 42% dos avaliados atingiram esse patamar, de 175 pontos.

- Outra vez, os resultados verificados foram assimétricos. Na rede privada, os estudantes atingiram a média de 211,2 pontos, contra 158 verificados na rede pública. Na ótica regional, Norte e Nordeste chegaram a resultados inferiores à média nacional, 152,6 pontos e 158, 2, respectivamente. A maior pontuação foi verificada na região Sul, com 185 pontos, seguida do Sudeste, com 179 pontos e Centro-Oeste, com 176 pontos. 

Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/mostranoticia.php?id=100553